A prisão de um homem, na Paraíba, pôs fim a uma sucessão monstruosa de crimes cometidos em cinco estados brasileiros. Em três dias, pelo menos 16 meninas, e adolescentes, reconheceram o preso como o homem que as violentou.

Um colchão e manchas de sangue. Era para um apartamento, em João Pessoa, que Fábio Pereira de Souza, de 43 anos, levava suas vítimas. “Toalhas, camisas, tinha calcinhas, vários objetos que vão ser periciados agora em  laboratório”, diz o perito criminal Uilton Videles.

A última, uma menina de 11 anos, raptada no mês passado. Ela ficou 12 horas desaparecida.
A polícia encontrou imagens do ataque no computador do suspeito. Os pais da menina dizem que o maníaco frequentou a lanchonete da família dias antes do crime.

“Uma semana antes, esse cidadão chegou lá e tomou um copo de suco, pediu um copo de suco, saiu, pagou, saiu, e eu não ia imaginar, jamais, que ele seria um bandido", diz a mãe.

Foi o retrato falado, feito com a ajuda da menina, que levou à prisão do criminoso, na sexta-feira (29), em Campina Grande. Fábio disse à polícia que se chamava Abner Machado, e confessou também o estupro de uma outra criança, de 9 anos, no ano passado.

A identidade dele foi descoberta, e a ficha criminal também começa a surgir. Segundo a polícia, Fábio Pereira de Souza já responde a, pelo menos, dez processos por estupro em outros quatro estados: Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Na Paraíba, ele já foi reconhecido por 16 vítimas.

"Todas dão as mesmas características,  o mesmo modos operandi, falam as mesmas coisas que das práticas dele. Então, não tem como confundir não", diz a delegada Joana D'Arc.

Fábio é casado, tem filhos, e levava uma vida aparentemente normal. Ele se apresentava como educador, e oferecia palestras sobre a reabilitação de dependentes químicos de drogas.

A polícia investiga agora se ele também está ligado ao assassinato de uma adolescente de 15 anos, raptada quando ia para a escola.

Uma adolescente, de 13 anos, vítima de estupro, disse à polícia que está grávida do criminoso.